quarta-feira, 31 de maio de 2017

O PUNHAL IMAGINARIO

O "PUNHAL IMAGINARIO" é o episódio da série clássica de STAR TREK cujo mote é o médico/louco, presente até mesmo em obras literárias brasileiras como O ALIENISTA.

No nosso dia a dia, situações como a deste episódio, encontramos em muitas clínicas para tratamentos de drogados ou doentes mentais, onde, eventualmente, o responsável pela instituição,  é quem está mais insano.
O episódio, também apresenta uma tecnologia, capaz de tratar transtornos mentais, que, quando mal utilizada,  devasta completamente a personalidade, de quem é exposto a seus efeitos.
Trata-se de um equipamento que, aparece representado por uma espécie de lampada, que se acende e apaga, indicando estar, ou não, em funcionamento.
É um recurso esteticamente simples, (devido até, aos limitados recursos que a produção do seriado dispunha) que, aliado à interpretação dos atores, e, à força do roteiro, a mim, impressionou bastante.

Este episódio vi poucas vezes, e, me recordo que, na primeira, minha reflexão, seguiu  no sentido, do estrago, que o referido equipamento era capaz de fazer na mente das pessoas expostas aos seus efeitos.
Também à época, ( a mais de 30 anos atrás) me impressionou bastante, a lampada acendendo ou apagando, que às vezes, dava até agonia de assistir, pois era certo, que alguém exposto à ela, estava perdendo suas memórias e faculdades mentais.

Da última vez que vi o PUNHAL IMAGINARIO, a reflexão mais importante que tirei dele, foi  no sentido desta espécie de médico "c@g@-regras", que, não raras vezes, subtrai a justa liberdade de seus pacientes, não por questão   de eventuais preocupações com a saúde ou sucesso no tratamento deste, mas sim, por ganho indevido de dinheiro mesmo.
Não são raros, os casos de clínicas, dirigidas por "renomadas autoridades no tratamento de dependencia química", que na verdade agravam os problemas (se de fato existentes) que deveriam sanar.

Um destes doutores entendidos, que antes frequentava as mídias sociais, criticando a legalização da maconha, até como medicamento, hoje têm seu nome, exposto nestes mesmos veículos de comunicação, por estar sendo processado pelos próprios pacientes, indevidamente diagnosticados por ele, que acabaram tendo liberdade suprimida, e, a saúde posta em risco.

E como, no Brasil, esse é um negócio lucrativo, até , famosos viciados irrecuperáveis, também já abriram as próprias clínicas, para "tratamento" de outros drogados...
Quem quiser tirar do caminho alguém que esteja lhe atrapalhando a vida, pode pagar para uma destas "ilustres autoridades médicas",  assinar um laudo médico que obrigue, o desafeto a ser internar, até que se prove, se isto for possível, que focinho de porco não é tomada.

É de fato um episódio para se pensar.
Tanto que, depois de assistí-lo duas vezes, levei algumas décadas refletindo, até tirar estas conclusões, que, outros fãs mais espertos,  já sacaram logo no ato.

THE CORBOMITE MANOUVER

O "ARDIL CORBOMITE" ou, "CORBOMITE MANOUVER", como preferirem, também está entre meus episódios favoritos da série clássica de Jornada nas Estrelas.

É nele que se relevam, algumas das mais importantes virtudes daquele que é um dos meus herois favoritos: JAMES TIBERIUS KIRK.
Primeiramente, porquê é através de um BLEFE, que ele consegue sair de uma situação supostamente ameaçadora, artifício este, que é raro de ser utilizado pela maioria dos protagonistas quando se deparam com problemas aparentemente insolúveis.
Também neste episódio, torna-se patente, que o rigor com que este capitão trata seus subordinados, muitas vezes, dissimula uma preocupação que ele tem com  tripulantes e subalternos, muito parecida com a que um pai tem para com sua família. 

A hora, em que ele aceita de volta na ponte de comando, o tripulante que, perdeu o auto-controle, durante momentos de stress, tensão e medo, demonstra bem isso.
O capitão, mesmo quando toda a ENTERPRISE aparentava estar numa situação que colocava sua tripulação, às portas da morte, perdoou e acolheu de volta, um jovem novato que simplesmente se apavorou diante do perigo, 


[O blefe utilizado pelo destemido capitão, diante do perigo, leva os fãs da série, a relembrarem outra situação, onde um jovem JAMES T. KIRK, burla um exame desonesto, (o KOBAYASHI MARU) para encontrar uma solução apropriada e vencedora, diante do problema, (volto a frisar: DESONESTO)  que lhe era proposto, e que, até o momento, nenhum outro colega de Academia, havia conseguido solucionar satisfatoriamente.] 

Quase ao final do episódio, releva-se outra virtude do meu capitão favorito: a CLEMÊNCIA.
Quando a nave que, supostamente pretendia dar cabo da ENTERPRISE e toda a sua tripulação, apresentou problemas, que certamente decretariam o seu fim, James Kirk atendeu ao pedido de socorro emitido por esta, e partiu para ajudá-la a resolver seus infortúnios.

Finalmente, James Kirk ainda demonstra ser um habilidoso diplomata, quando, depois de estabelecer contato com a nave em perigo, ainda presta ajuda ao tripulante desta, colocando-lhe à disposição, o jovem inseguro que se amedrontou no momento de stress, mas retornou ao posto, para enfrentar o destino, de modo honrado, junto aos colegas da ponte.

Este episódio demonstra que: nem tudo se resolve com calculos matemáticos, como num tabuleiro de xadrez, ou violencia bruta.
Eventualmente, as soluções podem estar em manobras típicas de outros jogos como o POKER, ou até mesmo num amistoso e pacífico brinde com TRANYA.

P.S. - Se algum leitor souber me informar, onde eu encontro TRANYA para beber, peço que me avise. Essa bebida parece ser muito boa, pois, deixou o capitão Kirk bem feliz.

terça-feira, 30 de maio de 2017

A ARTE DE PENSAR CLARAMENTE

Entre as leituras que já fiz em 2017, o livro

A ARTE DE PENSAR CLARAMENTE
de autoria de ROLF DOBELLI

é uma das minhas mais veementes recomendações para as pessoas que se vejam envolvidas com tomadas de decisões da mais alta importancia.
Depois dessa leitura, a responsabilidade dos julgamentos que o leitor tiver de fazer, ainda será dele próprio, entretanto, ele estará melhor municiado para não cair nas "pegadinhas" que vêm embutidas, naqueles momentos em que alguma escolha dificil deve ser feita.
Obra de leitura, agradável, rapida e estimulante, que ajudará a aumentar a eficiência das decisões, e a escapar das armadilhas do proprio raciocinio, ( que nem sempre conduzem o pensador ao caminho mais acertado).
Livro editado pela OBJETIVA, que merece a sua atenção. 

segunda-feira, 29 de maio de 2017

"THE MENAGERIE" porquê este é o meu episódio favorito de STAR TREK

Dentre algumas poucas lembranças da minha infancia que ainda restaram intactas, estão os episódios de STAR TREK que, à época, eu assistia em preto e branco numa velha TV com 13 canais, sendo que, destes, apenas 8 funcionavam.
Da Série Clássica, que, à época, (era ainda, a única que existia), o que sempre me impressionou mais, foi  THE CAGE, que, posteriormente, seria remasterizado e rebatizado como THE MENAGERIE.
A história da produção deste episódio, por si só, já é, muito interessante, mas, o roteiro dele, em si, impressiona.
Primeiramente, pela situação de um dos protagonistas, o Capitão Pike, que aparece preso a uma cadeira de rodas, muito mal podendo se comunicar, e ainda, pela raça coadjuvante, que, neste caso, era a dos talosianos; tipos que, além de cabeçudos, me deixavam assustado, já que, à época, eu não devia ter mais que dez anos.
STAR TREK, sempre me agradou desde a infancia, mas, este episódio, está entre os favoritos, até porquê, ele tem um pouco daquela pegada de mistério, muito comum à produções como as do seriado ALÉM DA IMAGINAÇÃO.
Minha humilde opinião vai de encontro com a da maioria dos outros fãs da série clássica.
Se não o viu, assista já!


A REDENÇÃO DE CHARLIE X

Dentre os episódios da série clássica STAR TREK, o CHARLIE X, era um dos que eu considerava mais chatinhos.
Não me agradava muito aquele vilão infantiloide, que, de fato tocou o terror dentro da ENTERPRISE.
Agora, mais velho, com duas crianças na casa, revendo o episódio, minha análise foi um pouco mais tolerante com este personagem, principalmente, pelo fato  dele não ser adulto, e fazer aquele tipo de c@g@d@ muito comum na adolescência, e, até na infancia.
Também contou o fato de que, logo na sequencia a este episódio, assisti, através do Youtube o episódio produzido por fãs OF GODS AND MEN, onde, de certo modo, Charlie retorna, se redimindo ao final.
Ainda não é um dos meus episódios favoritos da série, mas que, com o tempo, compreendi melhor e reavaliei com mais generosidade.