Quem aqui acompanha minhas reflexões, já sabe que, há tempos (mais especificamente, desde meados dos anos 90) defendo a implantação da famosa arbitragem eletrônica, em partidas desportivas diversas, sendo monitoradas e, arbitradas por juizes-auxiliares fora do campo, ou, da quadra.
Esse tipo de arbitragem e supervisão, muito comum, em diversos eventos esportivos norte-americanos, ainda parece ser um sonho distante, no Brasil, que, a pouco menos de 4 anos, vangloriou-se de ter sediado em seu território, uma edição da copa do mundo de futebol.
Prometida esta forma de arbitragem para o campeonato brasileiro de futebol, edição 2017, o qual, teve como Campeão Absoluto, o CORINTHIANS, este compromisso, assim como muitos outros, apalavrados por cartolas e políticos brasileiros, virou pó, sem ter sua realização concluída.
No caso desta edição do Campeonato Brasileiro, vale a pena reprisar que, nunca antes em qualquer campeonato de futebol na história deste esporte, um mesmo time, no caso o Corinthians teve tantos gols injustamente anulados, (coisa que, a propria imprensa brasileira comprovou sem qualquer margem de dúvida), subtraíndo deste modo, pontos importantes que tornariam a vantagem corinthiana, sobre o segundo colocado, ainda maior.
O fato curioso do ano, se deu quando o artilheiro corinthiano Jô, fez um gol, comprovadamente de mão, que beneficiou o Corinthians num jogo, em que o time poderia ter saído derrotado.
Nesta ocasião, todo a imprensa brasileira quedou escandalizada mobilizando-se como se, a pátria tivesse sido vilipendiada por um ato de mais alta traição, perpetrado por alguém que gozava de inabalável confiabilidade pública.
Deste modo, o atacante Jô sofreu críticas, como se um gol inválido de mão, fosse crime inafiançável, e, para acalmar a choradeira dos "antis", veio, dos mais altos cartolas da CBF, a promessa de que, a tal arbitragem eletrônica seria incrementada, àquela edição do Campeonato Brasileiro.
Como promessa feita, no Brasil por políticos e cartolas, é apenas uma promessa, pois, não é cumprida. a edição 2017 do Campeonato Brasileiro acabou chegando ao fim, sem a implementação da arbitragem eletrônica, e ninguém mais tratou do assunto.
Mas, existe de fato interesse em implementar esse tipo de arbitragem, nos jogos de maior relevância no futebol?
Deveria existir, mas, diversas são as desculpas dadas pelos organizadores, para não levarem adiante tal solução.
A maioria delas é de ordem técnica, levando em conta que o equipamento necessário, para viabilizar essa novidade, não é barato, e necessita infraestrutura especial, que ainda não está implementada, em todos os estádios brasileiros.
Outras, desculpas, são mais ligados a costumes e crenças do futebol, que supostamente obrigariam a torcida, por uma questão de cavalheirismo, a aceitar da cartolagem, sem questionamento, os maiores absurdos, que incluiriam até, roubalheira descarada na arbitragem ou, nos resultados das partidas.
É a tipica argumentação, muito propalada por vários dirigentes:
"Futebol, é jogo de homens", ou seja, quem é "homem" aceita o resultado, cala a boca e vai para casa enterrar a cabeça no travesseiro sem direito à reclamação, caso alguma desonestidade tenha sido escancaradamente perpetrada.
A verdade é que existe um jogo de interesses, por trás até, dos resultados das principais partidas, que movimenta dinheiro dos bolsos para as carteiras, ou, vice-versa, e, na maioria dos casos que, envolvem quantias mais elevadas, certamente existe alguma participação dos cartolas e dirigentes das associações esportivas, federações, etc...
Fosse mentiroso o parágrafo anterior, não teríamos vários dos dirigentes mais importantes da FIFA e CBF, envolvidos em escandalos de compra de resultados e condenados pela Justiça.
A arbitragem eletrônica, ajudaria a afastar esta espécie de maus dirigentes, ou pelo menos, dificultaria interferencias indesejadas, oriundas deles, nos esportes, e, daria ao torcedor, de modo geral, a impressão de que o melhor, mais habilidoso e eficiente, está sendo bem recompensado, e, o mau, sendo devidamente punido, conforme o regulamento esportivo demanda.
Do jeito que está agora, o torcedor, por conta de maus dirigentes e cartolas, ao ser obrigado a aceitar, resultados injustos, em partidas jogadas com deslealdade, acaba tendo a impressão de que, quem desobedece as regras, é beneficiado pelo sistema, e leva vantagem.
Essa mentalidade, acaba eventualmente, extrapolando os limites do campo, e fazendo estragos, também, fora da atividade esportiva.
Deste modo, implementa-se cada vez mais, o jeitinho brasileiro, que cria dificuldades, para depois permitir algum desdobramento, mesmo que irregular, mediante pagamento de propina, para a Autoridade, ou responsável de momento.
E assim, o povo acostuma-se com o descaso pelas Leis, ou Justiça, destarte que, a roubalheira, torna-se habitual, até mesmo em joguinhos dos campos de várzea
Nesse sentido, não posso me esquecer do grande exemplo dado pelo ex-presidente lula, quando participava num bate bola uniformizado entre amigos.
Durante a partida, foi inventada uma falta dentro da área, que originou um penal a ser batido pelo ex-presidente lula.
Todos os torcedores da ocasião, membros de sindicatos e movimentos sem-terra, queriam ver o seu grande líder fazendo gol.
Mas, as coisas não se sucederam, segundo previsto.
O ex-presidente bateu o penal, mas, o goleiro defendeu o chute.
Neste momento, no estalar de dedos, entrou em ação, o árbitro desonesto de plantão: um notório comentarista esportivo, esquerdista amigo velho, que mandou o ex-presidente bater novamente o penal, e instruiu o goleiro a não repetir a defesa.
Mesmo chutando mal, e quase acertando o goleiro, por sorte do ex-presidente, a bola entrou, e a turba de idiotas úteis, aclamou mais uma "extraordinária realização" do seu grande líder.
Assim, mais uma vez, o torcedor brasileiro, teve de engolir o sapo, desta vez, barbudo...
Ao estudioso no tema, não é dificil apontar um resultado em jogos de futebol que, comprovadamente tenha ocorrido, por conta de má arbitragem, ou malandragem no jogo.
A maioria das pessoas, sempre tem alguma história do gênero, para contar...
Ao contrário dos cartolas, que nos mandam, calar a boca e aceitar os resultados, como "homens", não creio que o esporte, de modo geral, deva ser dirigido, para inspirar o que é errado.