quarta-feira, 3 de outubro de 2018

SOBRE o tal do "verdadeiro espirito" STAR TREK

Frequentemente, me deparo com fãs da série JORNADA NAS ESTRELAS que definem e limitam o "espírito de STAR TREK" em cima de uma tese, em que os problemas (não só enfrentados pelos personagens dos episódios, bem como aqueles que nos atormentam na vida real) devam ser resolvidos, sem conflitos, de maneira científica, "politicamente correta", com saídas inteligentes e que passem bem longe da violência, baseadas na compreensão / tolerância com diferentes formas de pensamento ou, de vida.

Até mesmo Gene Rodemberry, o saudoso e sempre estimado criador / idealizador da franquia, dava preferencia aos roteiros em que a exploração de novos mundos, "audaciosamente indo onde nenhum homem esteve jamais", aliado, ao "espírito de STAR TREK" acima definido, estivessem presentes,

Ocorre que, por mais que Gene tentasse manter a franquia dentro de determinados parâmetros, a criação saiu do controle das mãos do criador, alcançando patamares e reflexões ainda mais elevados do que o inicialmente previsto.


Desde a série clássica, STAR TREK também mostra seu lado sombrio e violento, onde nem tudo é resolvido apenas com sabedoria, ciência e tolerância. 

A visão que a franquia ainda dá ao seu expectador, é predominantemente ligada à da Federação dos Planetas Unidos, onde, as pessoas, supostamente vivem numa utopia socialista, sem preocuparem-se sequer, em como fazer dinheiro para pagar as despesas do dia a dia, mantendo-se focadas em dar alguma contribuição útil á humanidade.

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Entretanto, mesmo a Federação, não consegue obter um pensamento uníssono (ou BORG) entre seus afiliados, justamente pelo excessivo respeito que esta têm, com as infinitas possibilidades e diversidades, destarte que, não é a soberania predominante da galáxia, tendo que dividir espaço (mesmo que à força) com klingons, romulanos, borgs, cardasianos, ferenguis e outros tantas civilizações, que não foram politizadas pelo filosofia da Federação.


Mesmo a Capitã Janeway, [ a protagonista mãezona, que tenta resolver tudo pacificamente ( mesmo depois de levar tiros e facadas )] em alguns episódios, teve que dar murros e pontapés, quebrando por várias vezes a respeitabilíssima diretriz primeira (que, de modo geral prega a não interferência na vida alheia), tentando  voltar para casa, tendo em vistas, que, naqueles momentos, a ciência, sabedoria, tolerância experiência, compreensão, e entendimento, não conseguiriam sozinhas, superar as dificuldades ameaçadoras.

No meu modesto entendimento, a  franquia de Jornada nas Estrelas é como um diamante que pode ser visto, ou interpretado por diversas perspectivas, que não só, a da Federação, conforme, muita gente honesta, de fato, desavisadamente acredita, até mesmo, quando sai por aí pregando o tal "espírito STAR TREK" como se este fosse aquela carta na manga, que todo fã da franquia deve sempre utilizar para resolver os seus problemas ou diferenças na vida real.


Até aí, o posicionamento de tal entendimento, é compreensível, embora limitado, sendo que, para mim não constitui nenhum mal.

O problema mesmo é quando esta "filosofia de vida" é imposta ao fã, (sob o risco deste ser desconsiderado na rodinha de admiradores da franquia, por "NÃO ENTENDER o VERDADEIRO ESPÍRITO" de STAR TREK, caso pense e leve sua vida de modo diverso).

Pior ainda, é quando este tal "espirito STAR TREK" é imposto, ou, cobrado, de fãs, que, por diversas razões, principalmente políticas, pensam, e votam de modo diverso, daquele que o pensamento globalista da nova ordem mundial exige.
Em casos assim, o tal "espirito STAR TREK", não segue nem mesmo, os principios da FEDERAÇÃO DOS PLANETAS UNIDOS no que tange à concordância, compreensão,  respeito às infinitas diversidades e possibilidades, transformando-se então, em mais uma ferramenta para imposição de crenças e valores, que só nos enchem o saco no dia a dia da dura realidade.

Nessas horas então, o melhor mesmo, é cair para a GUERRA nas ESTRELAS.



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