Claro que não poderia ficar fora deste grande embate e resolvi também meter nele a minha colher, afinal, sou fã destes dois grandes intelectuais, que até então se apresentavam como grandes amigos, e inseparáveis companheiros de baladas.
Mesmo admirador, com ambos tenho meus pontos de divergencia filosófica, que são os seguintes:
Com Lobão:
Nunca fui muito fã do estilo específico de rock n roll que ele produz, inclusive, no Rock n Rio, estava na plateia, do lado do público que o enxotou para fora do palco.
Por-que naquele momento participei do movimento?
Porque estava com pressa de ouvir as outras bandas mais pesadas que se apresentariam depois.
PONTO FINAL.
PONTO FINAL.
Brincadeira!
Ocorre que, no Brasil, o Rock ainda hoje é aquele movimento que tem que ficar sempre ouvindo o calaboca do sistema opressor.
Aí, até para escutar o que gosta, o apreciador do estilo tem que implorar.
O Lobão, no meu entendimento do assunto, naquele momento, ao convidar sambistas e carnavalescos num evento que se pressupunha essencialmente roqueiro, foi, me desculpe a expressão, ensinar samba para metaleiro, num momento que este, de saco cheio, desse tipo de musiquinha, que já lhe aporrinha a vida todo dia, queria ouvir aquilo pelo que pagou.
Daí o Lobão foi expulso, porquê, dele se esperava papel de roqueiro, e não, que se fizesse de marionete num evento que hoje mesmo, traz ao apreciador tudo, menos rock pesado!
O povo da época, já percebendo esta intromissão musical, reclamou, e com razão.
Não me importo pelo fato do Lobão ter se envolvido, anos atrás, com o PT.
Conheci muita gente boa que era petista, e por esta quadrilha também foi enganada.
O Olavão, nos seus momentos juvenis, esteve envolvido com movimentos esquerdistas, tendo por estes, também se iludido.
Por isso, este, igualmente não recrimino, até porque, do mal comunista, ambos se curaram afastando-se do vício.
Minhas diferenças com o Olavão, começam no estilo musical, pois me parece que ele não gosta de rock.
Também me parece que ele não é favorável à legalização da maconha.
Eu sou!
Afinal, entre centenas de aplicações, que a planta oferece: também está a medicinal, e a produção de combustíveis e lubrificantes.
Olavo não gosta de calças curtas.
Eu as uso.
Olavão não gosta de quem se vale do anonimato, ou de autores que se escondem atrás de pseudônimos para expressarem relevantes opiniões contra o estado de coisas.
Eu os apoio, já que, em estados tirânicos como atualmente temos o dos aiatolás malucos, o de maduro na Venezuela, ou de castro em Cuba, não se pode expressar opiniões publicamente, sem sofrer uma admoestação estatal.
Divergencias de pensamento, eu mesmo as tenho com o Olavão.
Jamais entretanto, eu seria capaz de chamá-lo de fraude ou farsa, pois conheço o peso das palavras, ao contrário de muitos auto-aclamados pseudo escritores de best-sellers no Brasil.
Conheci Olavo através do meu pai, e, dos seus livros obtive ensinamentos equivalentes aos daquele sábio da família, que dá as melhores orientações nos momentos mais difíceis.
Muito antes da maioria das universidades públicas brasileiras atingir o ápice deste miserável estado de produção cultural em que o petismo e seus asseclas ajudou a alçar, obtive pessoalmente do Professor Olavo, na Virginia recomendações no sentido de educar meu filho à época com dois anos, e, agora com dez, utilizando também metodologia do homeschooling.
São muitas as confluências de pensamento que tenho com o meu sempre querido e estimado Professor Olavo de Carvalho, inclusive até, porquê, assim como eu, ele é corinthiano.
Não é por conta de uma pequena rusga, ou diferença de opinião, com relação ao tamanho da bainha das calças que se deve utilizar, que tal fato constitua razão para mim, cuspir no prato onde aprendi, muito mais, do que, sintetizei acima, em dois ou três míseros, paragrafos mal e porcamente escritos.
Espero que o devido entendimento seja alcançado, entre estes dois talentos do pensamento.
Não através da tocação de um violãozinho bonito, dando o sentido de que, a posse de tal talento, confere ao seu dono, argumentos filosóficos suficientes, nas mais variadas discussões, para ser o dono da razão em tudo.
Mas sim, com um sonoro e trovejante pedido de desculpas, que o autêntico grande roqueiro deve dar, ao reconhecer os próprios erros, especialmente contra um reconhecido Grande MESTRE!
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