Já aviso, que as próximas linhas, não discorrerão sobre culinária, tão pouco, sobre de velhos carcomidos sortudos, que, graças àos atributos de alguma mulher habilidosa, mesmo que, no ocaso da vida, ainda revivem seus momentos de glória, com a "linguiça cheia".
Farei uma breve reflexão, a respeito dos escritores que, enxugam o gelo, esfregam o sabão para criar espuma, ou, num palavreado menos rebuscado, se esmeram para enrolar o leitor e dar mais volume à sua "obra literária".
Atualmente, até pelo dinamismo da nossa sociedade, não sobra ao leitor médio, muito tempo para ficar gastando com determinados textos muito longos e, de pouca informação, destarte que, até para escrever; se pode transmitir sua idéia, com apenas uma palavra, o autor não deve usar duas.
Em outros tempos, o pensamento não era bem esse.
A mais de dez anos, figurava na minha estante um daqueles livros volumosos, feitos por autor de renome:
OS NUMEROS GOVERNAM O MUNDO de Malba Tahan
que, quando comprei, fez crer, que: após sua leitura, eu me tornaria um erudito na matemática.
Passaram-se os anos... Andou a lista de leitura, e, chegou a hora de por os olhos nesta edição da EDIOURO.
Como lembrei anteriormente, em outros tempos, os autores nem sempre eram preocupados em produzir textos enxutos e pouco enrolados.
Aqui lendo este livro, que, sim, apesar deste detalhe, eventualmente incômodo, tem o seu devido valor, e ainda, fazendo tal analise na qualidade de, modesto autor, que também sou, percebi, uma série de artificios, que Malba Tahan utilizou, para dar volume à sua obra.
Eu mesmo, em vários de meus trabalhos, já me peguei fazendo a mesma coisa, mas, não com constância e com a variedade de formas que este autor, produziu no seu texto.
É uma verdadeira ARTE DE ENCHER LINGUIÇA.
Certamente, o leitor estudioso, que aprecia disciplinas envolvendo histórias e origens de números e do pensamento matemático, tirará seu proveito dessa obra, de agradável leitura, mas, deverá se preparar, para enfrentar muitos dos artificios da arte da enrolatória.
Quem entretanto, tem o tempo contado para a leitura, pode esperar para ler em outra ocasião este livro, e se dedicar a algum mais importante, até porquê, ele não me transformou no erudito da matemática, que eu esperava ser.
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