Uma realidade que não se modifica a pelo menos dez anos é apontada no título deste texto.
Tema que já debati com diversos colegas anteriormente, mas que, mesmo assim, a ampla maioria ainda, não se dá conta de sua importância.
ESTUDANTE BRASILEIRO, (especialmente aqueles dos cursos superiores) passam muito tempo fazendo provas.
Já nos meus tempos de estudante de Direito (e lá se vai quase uma década) eu havia percebido esta realidade.
Recentemente, comentei o fato com uma estudante que me atualizou, de que esta realidade pouco havia se alterado.
Caso é o seguinte:
O calendário escolar brasileiro, dava na minha época, mais ou menos, o equivalente a quatro meses de férias, e feriados, durante o ano.
Dos oito meses restantes, de aulas, dois, eram usados, para provas e avaliações, de forma que, durante o anos, o aluno, aqui pelos meus calculos, tinha DE FATO seis meses de aula.
Deste tanto, alguns cursos ainda, exigirão que o aluno perca outros dias de aula, fazendo mais avaliações, que eventualmente, em nada ajudarão o aluno, mas, lhe tomarão tempo.
Três meses de aula para os alunos, durante o semestre, pode parecer alguma coisa, mas, se aí incluirmos todos os feriados e celebrações estudantis, que, abundam no calendário letivo escolar, o número de aulas efetivamente dadas, cai significativamente.
Estas informações, atesto com relação ao período em que estudei, e, anos depois, constatei, que tal cenário não havia se alterado quase nada, neste sentido.
Três meses de aula, no primeiro semestre, e, na melhor das hipóteses, três e meio no segundo, pode parecer um bom tanto de ensino com o qual, o aluno tenha de lidar, durante este período letivo, mas, para quem paga os doze meses, a constatação é de que, parte do dinheiro investido, volatilizou-se num grande nada que só tomou tempo.
Extrapolando um pouco para fora dos cursos superiores, este problema, vim a re-encontrá-lo, não mais como estudante, mas sim, quando meu filho, ingressou nos seus primeiros anos escolares.
Também no calendário letivo do curso dele, estava presente essa cultura de se emendar todos os feriados possíveis, só para o aluno não ter aula.
No caso da escola dele, outro artificio bastante interessante que, praticamente tira aulas do aluno, são as reuniões, onde os pais são chamados a comparecer, num dia da semana, durante período normal de aula, para tratar algum assunto qualquer e...
Novamente tira-se mais um dia de aula dos alunos...
E abro aqui um "parenteses" para recordar, que, nos meus tempos de estudante, na idade que o meu filho tem hoje (oito anos), este tipo de reunião era nos sabados, ou, fora do horário da aula.
Na última semana do mês de Junho deste ano, meu filho, quase não vai ter aulas.
No dia 28, Quarta feira, ele foi para a escola brincar de festa junina, no dia 29, Quinta feira, será outro dia de brincadeiras, e na Sexta, dia 30, não haverá aulas, tendo início as férias do meio do ano.
Sei que aos oito anos de idade, não dá para exigir muito das crianças, mas, acho que uns dias a mais de aula, nunca são demais.
Sempre dá para reforçar, no aprendizado do que interessa, alguma coisa que não ficou bem afixada.
E vejam que não posso reclamar muito, pois, para esta reflexão, me baseei nos cenários das escolas particulares, onde o período letivo, não é como nas escolas públicas, onde todo semestre, algum tipo de manifesto, orquestrado por sindicatos e partidos esquerdistas, interfere no trabalho escolar e paralisa mais aulas ainda, eventualmente, até, não as repondo para os alunos.
Fica então a conclusão, que seja nos cursos superiores, ou mesmo nos primeiros anos da escola, o aluno não pode depender unica e exclusivamente das aulas, para aprender.
Deverá estudar, sem tanto suporte, do professor da escola,
No caso das crianças, se possível, em casa, com a ajuda dos familiares, e, se os pais tiverem recursos, com outros professores, que complementarão a carga de ensino, que as escolas não tem tempo de ensinar.
Com ou sem aula, quem quer se preparar e aprender, deve estudar sempre que possível, até para não ser usado como massa de manobra, nas garras de doutrinadores mal intencionados da ala esquerdista.
Este porém, é assunto para outra reflexão, a ser feita brevemente.
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