domingo, 29 de outubro de 2017

CAVALEIRO DAS TREVAS III (Dark Knight)


Batman, o Cavaleiro das Trevas, (DK), foi, e ainda é, sem duvida, um dos maiores clássicos das histórias em quadrinhos de todos os tempos.
Mesmo passadas algumas décadas após o seu lançamento, esta obra não perdeu o fôlego, mantendo-se no pódium, dentre as histórias preferidas, dos leitores do Morcegão.


Querendo aproveitar o embalo do sucesso deste grande trabalho das histórias em quadrinhos, a DC produziu então, (bastante tempo depois) DK2, ou, O Cavaleiro das Trevas 2, cujo roteiro já não tinha assim tanto vigor, mas, chegou ao final, de modo digno, conforme seria de se esperar em produções deste quilate, que envolvem estrelas tão renomadas.

Passam-se então, mais alguns anos, e Frank Miller anunciou que voltaria com a continuação do Cavaleiro das Trevas, ou seja, DK3.
Este grande artista, montou então, um time de feras selecionadas dos quadrinhos, produzindo então, outra continuação do seu grande clássico.

Esta produção, praticamente dobrou de tamanho, se comparada à original, e, do mesmo modo, acabou enfrentando atrasos, que protelaram por bastante tempo a entrega do tão aguardado desfecho, que, neste caso, finalmente chegou, depois do nono fascículo.

Confesso que, desta vez, minha ansiedade esperando pelo final, não foi assim tão grande, como com relação, ao quarto e último número, da série original.

Isso porquê, a despeito da arte magistral de DK3, o roteiro ficou capenga e, da metade para o final, perdeu o vigor, tornando-se um mero caça-níqueis.

E, um caça niqueis tão descarado que, aplicou sobre mim, e muitos outros desavisados, aquele que considero um dos truques mais sórdidos dos gibis.
Utilizou praticamente, um terço das últimas revistas da série, para, repetir em preto e branco, páginas da história, sem cores ou balões, ocupando espaços consideráveis destes gibis, que poderiam ter alí, outras histórias, matérias, palavras-cruzadas, diversões, ou, até caça-palavras, valorizando melhor, o dinheiro que o leitor gasta nas suas revistinhas.

Esse expediente, vi pela primeira vez, nas páginas do MIRACLEMAN, que considero um trabalho de alta qualidade, mas, que, não caiu nas minhas graças, por obrigar o leitor a pagar, por algo que não lhe terá serventia alguma: ou seja, repetição de páginas em preto e branco, que não são úteis sequer, como poster.

Em DK3, anexas às edições que compõem à obra, vieram revistinhas, em tamanho formatinho, com desenhos magistrais de Frank Miller, que, diminuem um pouco a insatisfação de leitores ranzinzas como eu, mas, que, ainda assim, não deram ao roteiro, aquela força, e, até mesmo, uma "arrancada final" que esta obra poderia ter, ao menos, no último fascículo, para uma impressão de "gran finale", que deixaria o(a) fã, com aquela sensação de "quero mais".

Lendo esta obra, impossível PARA MIM, dissociá-la da campanha do Corinthians, que, no campeonato brasileiro 2017, começou bem, mas, da metade do certame para frente, caiu com o rendimento, nem reclamou das roubalheiras que a arbitragem, a mando da CBF, em diversos jogos promoveu contra o time, que, ao final, para o torcedor, e, no caso da obra, para o leitor, representou dinheiro, tempo, e esforço jogado fora, com algo, que não merecia tal dispendio.

Desta forma, finalizo aqui a minha reflexão, me indagando, se compensa gastar dinheiro com estes gibis no lançamento, quando depois, serão relançados, encadernados por um preço bem menor.


Indagação que, aliás, tenho me feito muito, ultimamente. 
Afinal, eu mesmo, compro mutos quadrinhos e livros no lançamento, por um preço "x", que, algumas semanas depois, conforme a tiragem, eventualmente, poderá estar disponível, à venda, em promoções, sebos, ou saldões, por preços consideravelmente mais em conta.


O trabalho do Frank Miller, não está mau, mas, em tempos de grana curta, esta é uma reflexão, que o apreciador das HQs, agora deverá considerar, antes de torrar o seu suado dinheirinho, arriscando na sorte, com trabalhos, que eventualmente não serão do seu total agrado. 

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