MAIS
OUTRO DIA DE GUERRA
Esta é uma obra de
ficção científica.
Qualquer semelhança
com nomes e fatos ocorridos, ou não,
neste, ou em qualquer outro universo paralelo, é mera coincidência.
neste, ou em qualquer outro universo paralelo, é mera coincidência.
***
Dentro
de poucos anos, num futuro próximo, encontraremos, eu escritor, e,
você leitor(a), na ilha de Jeju, que hoje pertence à Coreia, um dos
mais interessantes palcos da guerra mundial, então, no momento, em
curso.
Neste
cenário, sobre o cadáver insepulto do finado estado coreano, duas
potencias militares, China e as forças aliadas representadas por
vários países, tal qual aves de rapina, disputam ferozmente cada
palmo de terra e metro cúbico de ar poluído local.
A
natureza alí foi mudada e, onde haviam tuneis subterrâneos
quilométricos naturais, foram escavadas vias por onde circularam
antes, até veículos turísticos.
Depois
de iniciada a mais recente grande guerra mundial, uma pandemia
espalhou-se pelo mundo transformando todo o imenso labirinto de
cavernas, num espaço fantasma com cadáveres por todos os lados.
No
momento em que as cenas aqui descritas, ocorrem, eventualmente algum
veículo militar patrulha tal espaço, sendo raro este tipo de
missão, pois alí dentro, agora pesava uma aura sombria
inexplicavel, talvez ocasionada pelas almas dos mortos insepultos,
que impediam as comunicações por rádio, celular, ou qualquer outro
meio, com o mundo exterior.
Mesmo
os drones, neste espaço, nada transmitiam, e logo paravam de
funcionar, sem qualquer explicação.
Haviam
ocasiões entretanto, que as missões exploratórias naquele
interior, eram inevitáveis, visto que, o local era propicio para que
forças inimigas, eventualmente alí se escondessem.
Daí
que, na ocasião a que nos referimos, um veículo blindado aliado,
muito bem armado, e, comandado pelo japonês Tenente Chokan,
atravessou os umbrais da saída da caverna, depois de uma tenebrosa
missão que durou mais de uma semana para chegar ao fim.
Quando
ia abrir a escotilha para, aliviado respirar um pouco de ar fresco, o
computador disparou com um importante alerta:
-Veículo
inimigo identificado , na mira e dentro do alcance de armas para
destruição total.
Com
calma e precisão nipônica, o Tenente confirmou a informação
recebida e arregalou os olhos:
De
fato tinha na sua mira um blindado chinês negro com a estrela
vermelha pintada na sua lateral.
A
ordem que tinha era para atirar, SEMPRE que simplesmente avistasse
aquele tipo de veículo.
Não
havia tempo a perder.
Destravou
o armamento, calibrou o canhão de raios e posicionou o dedo no
gatilho.
O
tiro seria certeiro e destruidor.
Não
havia como errar.
Era
só apertar o botão.
Na
hora de efetuar o disparo, ao verificar o alvo que avançava
velozmente na sua direção, o Tenente Chokan ampliou a visão que
tinha sobre a situação e mudou de ideia.
***
Aquele
modelo de blindado chinês era um veículo conhecidamente perigoso,
pelas forças armadas aliadas, que os queriam destruídos, sempre que
aparecessem em alguma ocasião, qualque ela que fosse...
Mas...
O
que teria feito um Tenente japonês, mudar de ideia, desobedecendo
ordens expressas?
O
blindado chinês estava fugindo.
Não
que isso fosse coisa inédita, fato que não era.
Fugia
atirando.
Disparava
seus poderosos canhões de raios, a toda potência, contra um alvo
surpreendentemente inesperado...
Um
colossal OVNI negro, de dimensões quilométricas, que lá do alto,
acima das nuvens, resistia aos tiros que tomava, como se fossem estes
meros empurrões oriundos de um pirralho.
Não
bastasse o cenário surpreendente, fluia de uma das crateras no solo,
rio de lava ardente em direção ao objeto voador, como se este
sugasse toda aquela pasta ardente e fumegante, do mesmo modo que se
puxa refrigerante por canudinho.
O
Tenente Chokan, diante daquela cena, sabia bem o que fazer.
Suas
milhares de horas gastas vendo mangás e animés deixaram-no
suficientemente esperto a ponto de identificar o verdadeiro inimigo
da situação:
Aquela
nave, provavelmente alienígena, que estava sugando energia vital, ou
fosse lá que diabos do inferno fossem, do centro da Terra.
Sem
titubear, o Tenente reajustou o alvo, reprogramou o computador e
disparou contra o verdadeiro inimigo da raça humana:
Aquele
OVNI ameaçador.
***
A
potência de um canhão de raios japonês, na hora do tiroteio, fez a
diferença.
Não
que os produtos chineses sejam notoriamente aquela porcaria que de
fato conhecemos, mas, quando a artilharia do blindado aliado
comandado pelo Tenente japonês começou a mandar seus petardos, o
OVNI parou com a parasitagem e, de um instante para outro desapareceu
dos céus, como se alí nunca estivesse antes.
Restaram
então, os dois blindados de forças inimigas.
***
O
blindado chinês era um alvo facil, sua artilharia não seria nem
mesmo capaz de se virar em tempo suficiente, contra o inimigo aliado,
mas o espirito samurai do Tenente Chokan o impediu de qualquer ato de
violência contra quem combatera lado a lado expulsando perigoso
inimigo, vindo sabe-se lá de onde.
Ao
invés disso, desafivelou os cintos que o mantinham preso à
poltrona, levantou-se e abriu a escotilha de acesso.
Fora
treinado para agir na conformidade de que, ao inimigo chinês,
nenhuma complacência deveria ser dada, dado que este era totalmente
desprovido de confiabilidade e honra no combate.
Entretanto,
a vitória sobre aquela ameaça desconhecida despertou no Tenente
japonês, aquela força que aparece nos torcedores quando comemoram
os gols do seu time de futebol.
Saiu
do blindado gritando com os braços levantados, e assim que tocou os
pés nos solo começou a dançar tamanha a alegria.
A
celebração contagiosa empolgou também o ocupante do blindado
chinês, que, em seguida desligou o seu veículo e saiu comemorando o
feito histórico.
Os
dois soldados se aproximaram, bateram continência e apertaram as
mãos.
O
chinês tirou do bolso um objeto parecido com uma grossa caneta
colocou-o entre si e o Tenente Chokan e falou algo em seu idioma:
Logo,
um som saiu do objeto, com a voz do soldado chinês, falando em
japonês:
-Meu
nome é TAO. Sou Tenente do exercito vermelho.
-Me
chamo Chokan. Também sou Tenente.
As
formalidades seguiram, até com trocas de fotografias e mais algumas
conversas triviais, até que surgiu a pergunta:
-E
agora: o que faremos?
-Devemos
informar os nossos superiores. Esta situação é completamente
inusitada. - Respondeu Chokan.
-Tem
razão. Nunca vi nada igual, eu estava patrulhando este setor, quando
apareceu esta coisa no céu disparando contra mim e arrancando lava
do chão.
-Em
meio a este cenário de guerra. Vendo um negócio desses, não duvido
que seja essa coisa, a causa principal que colocou nosso mundo em
guerra.
-Também
concordo. - Disse Tao. - A incompetência e a safadeza dos políticos
traidores que, nos faz brigar, é assassina demais até mesmo para
ser considerada humana.
“O
partido obriga o povo a se sacrificar pelo comunismo, mas, tamanha
carnificina, só pode mesmo ser ordenada por forças que queiram o
fim do planeta inteiro.”
-Registrei
tudo o que aconteceu desde o momento que saí da caverna. - Disse
Chokan. - Vou acessar a rede e informar os superiores, com vídeos e
dados dos sensores.
-Vou
fazer o mesmo. Nossa iniciativa vai mudar os rumos dessa guerra
idiota, e, mostrará ao mundo quem é o verdadeiro inimigo.
-Podemos
estar iniciando aqui uma nova era de união e harmonia, que vai
erguer a raça humana a um novo patamar de iluminação espiritual.
-Então
vamos avisar nossos comandos.
Através
dos sistemas militares de internet aos quais os soldados entraram em
contato com seus superiores, foram enviadas todas as informações
com as cenas de combate filmadas pelas câmeras dos dois blindados.
Não
havia o que contestar nos dois relatos pois neles, não havia
qualquer mentira.
Os
oficiais superiores de ambas as forças antagônicas, que ouviram o
ocorrido, diante de tão inusitada ocorrência, logo no momento que
tomaram ciencia dela, surpreendentemente, adotaram posições
semelhantes:
-Vocês
agiram corretamente. - Concordaram tanto chineses, bem como aliados.
- Essa ocorrencia deve ser levada ao conhecimento do alto comando
imediatamente. “Generais, Almirante e Chefes de Estado saberão
disso agora.”
Feitos
os comunicados aos seus respectivos alto-comandos, os dois oficiais
sentaram-se próximos a uma fogueira onde acenderam cigarros trazidos
pelo Tenente Tao.
-Não
são tão bons como os ocidentais, mas, são chineses que sobraram
pelo mundo, depois de tantas pragas e virus, e, os que temos para
comemorar a chegada dos novos tempos de paz e harmonia, em torno de
ideais comuns, no enfrentamento contra as emaças cósmicas.
-Sim.
Finalmente a humanidade vai perceber que só a verdadeira união faz
a força.
O
tenente Chokan estendeu a mão para o soldado chinês num cumprimento
que foi imediatamente retribuído.
Tão
magnífica cena, poderia, SE fotografada, imortalizar-se como o
momento em que a verdade depois de revelada, levou a humanidade para
um caminho de união ímpar contra a ameaça maior.
Entretanto...
Os
atos dos dois tenentes tiveram repercussões que forem além do
alcance de suas vistas, e daquilo que lhes era informado.
A
ocorrencia que ambos relataram, logo chegou a um circulo muito
fechado de líderes globalistas, que logo tomou medidas visando a
proteção de seus interesses.
Assim
que firmou-se aquele que seria um dos mais significativos apertos de
mão, já ocorridos em toda a história, na superfície da terra, bem
ao lado de onde se cumprimentavam os soldados da paz, explodiram, sem
qualquer aviso, dois mortíferos e silenciosos projeteis hipersônicos
disparados de diferentes e antagônicas embarcações de guerra
navegando a muitas milhas de distancia dalí.
Como
resultado, a deflagração matou na hora, os dois guerreiros que
sonhavam com a paz.
***
Em
seguida, foi a verdade suprimida, por ambas as forças beligerantes,
com os vídeos e dados enviados pelos heróicos defensores do fim da
guerra, sendo imediatamente considerados subversivos, mentirosos e
proibidos.
Horas
depois, os jornais e meios de comunicação dos dois blocos em
guerra, estampavam cada qual ao seu lado, idêntica manchete:
“Na
ilha de Jeju, BLINDADOS SE DESTROEM EM COMBATE SANGRENTO.”
Antes
mesmo, porém, que tal “fake” circulasse pelos povos vitimados
pela desinformação, no local onde teriam entre “inimigos”
ocorrido tão “sangrente batalha”, o sombrio OVNI negro,antes
expulso pelo esforço dos aliados em combate, agora estava de volta
ao seu posto nos ceus, sugando da terra, rios de lava derretida,
assim como quem bebe seu café da manhã.
Este,
foi apenas o humilde relato de...
MAIS
OUTRO DIA DE GUERRA
***
MORAL
DA HISTÓRIA:
Em alguns trabalhos, não é recomendável despertar a ira da chefia, quebrando a discplina hierárquica, e a respectiva cadeia de comando.
O resultado da afronta, pode ser inesperado.
Em alguns trabalhos, não é recomendável despertar a ira da chefia, quebrando a discplina hierárquica, e a respectiva cadeia de comando.
O resultado da afronta, pode ser inesperado.
***
Em
casos assim, espera-se que as coisa sejam mantidas como estão, pois,
de qualquer modo, a tendência é que elas se mantenham
assim....
ISSO SE, UM ESFORÇO MAIOR PARA A MUDANÇA NÃO FOR EMPENHADO.
ISSO SE, UM ESFORÇO MAIOR PARA A MUDANÇA NÃO FOR EMPENHADO.
***
Nenhum comentário:
Postar um comentário